quarta-feira, 25 de junho de 2014

Constituição cereja

Poucos sabiam quem era, realmente, Passos Coelho até porque PM foi o seu primeiro cargo governamental. Foi assim que foi eleito. Agora, é claro que se trata de alguém que veio para esfacelar o sistema político e terminar com a sociedade tal como a construímos desde 74.

Mas os sinais estiveram sempre lá: Passo Coelho gosta de expressões como “chefe de governo” e “união nacional”; eliminou o feriado de 5 de Outubro e evitou as celebrações do centenário; prometeu a presidência da Assembleia da República a F. Nobre, julgando-se proprietário do aparelho de Estado e depois substitui-o por Assunção Esteves, acantonando os senadores e desenhando uma nova hierarquia no PSD com representação institucional; partidarizou Durão Barroso; anulou Paulo Portas; anexou Cavaco Silva; condicionou o perfil do próximo PR; instrumentalizou o parlamento com o pedido de aclaração. Empobreceu o país e depauperou o estado social com a desculpa da dívida que não para de crescer. A subversão do equilíbrio e separação de poderes com a afronta ao Tribunal Constitucional é a cereja.

Gosto