A República Portuguesa vai voltar aos mercados gradualmente e com rede, e como o BCE indicou em Setembro, para este comprar a dívida assim emitida no mercado secundário. Mário Draghi atenuou assim uma das deficiências mais graves dos Estatutos do BCE. A revista TIME traça-lhe o perfil e realça-lhe o mérito de agir por frases curtas e apropriadas.
Também a Grécia - à frente em muitas das soluções necessárias para ultrapassar a crise das dívidas soberanas- deu uma ajuda com a extensão do calendário do vencimento das maturidades dos títulos da dívida. Desde que se fale mal do precedente grego este está a funcionar a favor dos outros países. Falta ainda ao governo português conseguir fazer baixar as taxas de juro dos empréstimos obtidos junto da troika. Chegará lá, possivelmente ajudado pela queda dos juros no mercado financeiro, apesar das agências de notação agora menos determinantes. A sociedade portuguesa espera que o governo lhe faça saber as consequências para ela de tudo isto.