Participei de alguns momentos bons da Internacional Socialista nomeadamente no início do processo das transições democráticas na América Latina em simultâneo com o estabelecimento de regimes democráticos em Portugal e Espanha. Depois, já no Parlamento Europeu, o que conheci do Partido Socialista Europeu deixava adivinhar a passividade perante a ofensiva neo-liberal do chamado «consenso de Washington» e as cumplicidades electivas da terceira via.
A crise destes modelos terá impulsionado agora a criação de uma Aliança Progressista no âmbito da IS, composta não só por partidos dessa área ,mas ainda por movimentos sindicais, movimentos sociais e outros protagonistas do «arco do progresso». Sempre é uma resposta nova ao imobilismo de mais de vinte anos. A minha intervenção no congresso do PS, no Coliseu de Lisboa, em 1999 creio, foi sobre este tema da paralizia da IS e do Partido Socialista Europeu, que estavam a falhar os seus deveres humanistas na globalização. Como foi o «congresso do Tino de Rans», a imprensa escolheu o que se sabe.