Passos Coelho, para além do seu amor ao País, deve abreviar a clarificação política do governo de que é primeiro-ministro porque esta crise governamental é a mais grave do regime. Ou apresenta a sua demissão ao PR, ou apresenta uma moção de confiança na AR. Mas como acabará por pedir a demissão a Cavaco Silva, não será de tomar já esse caminho? Admita-se que ainda queira ir a Berlim despedir-se de alguns ímpares. Mas não deve colocar obstáculos ao « regular funcionamento das instituições democráticas» e dificultar a decisão que o PR terá de tomar para Portugal se dotarde um novo governo.
Outra questão será a de se saber se Passos Coelho ainda terá condições para liderar o PSD na próximas eleições.