quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A credibilidade dos organismos técnicos

A crise desta primeira fase da globalização não se esgota no desarranjo dos mercados financeiros, e mesmo nas subsequentes crises económicas e sociais.Ela arrastou consigo uma enorme perda de prestígio em instituições como o FMI, os bancos centrais, os economistas em geral.Porém , nos últimos meses, também se foi insinuando a dúvida sobre o comportamento de certas organizações internacionais tidas por mais técnicas.
Assim, após seis meses de alertas e recomendações sobre a
gripe A pela Organização Mundial de Saúde, pela Comissão Europeia, pelas entidades oficiais de muitos Estados, verifica-se uma enorme desconfiança das populações em relação à bondade das prescrições emitidas. Por muito que cada caso detectado fosse publicitado, por muito que as estatísticas fossem revelando subidas sazonais, e até mortes duvidosas, por muito que se estabelecessem listas orwelianas de grupos prioritários, os centros de vacinação quedaram-se rarefeitos, e hoje os stoks de vacinas são uma questão difícil de explicar em países como a França, por exemplo.Ora o pacto social deteriora-se qualitativamente quando as populações desconfiam de organismos técnicos oficiais desta relevância.Cuidado.

Gosto