quinta-feira, 27 de maio de 2010

Por o dedo na ferida

Uma dos destaques do relatório da Amnistia Internacional sobre os direitos humanos no mundo em 2009 para Portugal é violência contra mulheres e raparigas, onde constam os 16 mil casos registados no ano passado pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
Ainda ontem, Teresa Magalhães, autora do livro "Violência e Abuso - Respostas simples para questões complexas" (que é hoje lançado) e responsável da Delegação Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal. recordava como ainda banal e contagioso este tipo de agressão: "Viram os pais fazerem às mães, os vizinhos a fazer às vizinhas, e acham que é assim que se tratam as mulheres"; “Há muitas mulheres que continuam a achar "normal apanharem dos maridos"."As nossas famílias são espaço frequente de violência".
Hoje, um estudo da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas conclui que raramente os tribunais recorrem à vídeo-conferência - prevista na lei de protecção de testemunhas nos casos de violência doméstica - obrigando as vítimas a testemunhar na presença dos agressores.

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