Cada época tem uma pasta ministerial que compensa:a dos Negócios Estrangeiros, quando havia acção na política externa; a das Obras Públicas quando havia mundos e fundos; a da Ciência quando os cientistas eram poucos e a investigação muita; a das Finanças em ano eleitoral. Depois há as crónicas impopulares: a da Educação,a do Interior e a da Justiça.
Uma pasta paira acima dessas contingências: a da Economia, vocacionada para apoios, ajudas, subsídios, estímulos, concursos, parcerias e negócios. Uma espécie de ministério da segurança social para empreendedores com rede. Qualquer candidato ao lugar fabrica clientes com perspectivas de futuro.Recomendo a qualquer principiante destas artes um estagiozinho nesse confortável mundo Porém parece que Santos Pereira está com dificuldades na área. Quase que simpatizo com ele.