sábado, 16 de fevereiro de 2013

Cabo Submarino

Hoje no Correio da Manhã discorro sobre o gesto de Bento XVI. Com a sua resignação Ratzinger mostrou ao mundo o esplendor da condição humana. Recordei o filme de Nanni Moretti em que um recém-eleito Papa, interpretado por Michel Piccoli, desaparece do Vaticano e hesita em assumir o mandato pontifício. Muitas vezes a ficção apenas antecipa a realidade.
Renunciando à infalibilidade papal- um aspecto ainda não aflorado pelos vaticanistas- Ratzinger voltou a ser alguém que «não tem onde reclinar a cabeça». Como escreveu Eduardo Lourenço ontem no Público, a renúncia ao poder de Bento XVI «é a mais enigmática e crucial para o Ocidente.»

Gosto