O governo português podia, apesar de tudo, ter aproveitado melhor as necessidades decorrentes do resgate para conceber algumas medidas que a sua fraqueza e comprometimento não o autorizariam em tempos normais: estender o universo tributário a muitas actividades de organizações religiosas, reduzir as rendas excessivas de empresas como as ligadas à energia, renegociar as PPP e os swaps, etc. E sobretudo ter um plano estratégico para as privatizações forçadas pelos credores.
Ainda ontem li no El País que a SEPI-Sociedade Estatal de Participações Industrias de Espanha- se prepara para se candidatar à compra do serviço postal português, com o objectivo de «estar presente nuns CORREOS IBÉRICOS, que abarque toda a península»
No meio da confusão governamental portuguesa há quem veja claro na fronteira e saiba o que quer. E isto com a Espanha também em crise!Que diferença entre as oligarquias...