Mário Soares tem discorrido abundantemente sobre velhos e antigos episódios da sua longa e rica carreira. Disseram-me que num recente programa da RTP1-que não vi- voltou à carga com uma interpretação especulativa sobre as razões do meu pedido de demissão de MNE, em Outubro de 1977, envolvendo também o PR Ramalho Eanes numa concertação de posições que não existiu. Já desmenti essa versão inquinada, por escrito e pessoalmente, junto de Mário Soares.Sem resultado, pelos vistos.
Agora na Figueira da Foz, Mário Soares resolveu dar conta dos termos de uma «discussão gravíssima» e de uma conversa «brutal» que terá tido com José Sócrates para o convencer a recorrer à ajuda externa em Abril do ano passado .Segundo Leonete Botelho no jqornal Público, uma fonte perto da nascente das frases de José Sócrates afirma que este só terá «memórias doces» das conversas com o fundador do PS. Prevejo que nem mesmo assim Mário Soares tomará boa nota do estilo.