Pagar para nada, podia ser o resultado das negociações para a associação com a Ucrânia, conduzidas do lado da UE pela Comissão Europeia. Desde 1991 que Bruxelas paga para seduzir Kiev a separar-se da união aduaneira com a Rússia. Sobretudo desde 2010 o esforço financeiro da Comissão, do BEI, do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, foi enorme, ao mesmo tempo que o FMI desembolsava sem barulho e sem muitas condições somas cada vez maiores que agora quer reaver.A Rússia aparece aqui como a vencedora pública desse torneio de guerra económica quente, mas que nos dá o pulso ao estado de falta de rumo da UE, e do verdadeiro tamanho dos seus dirigentes tão implacáveis com países como a Grécia e Chipre, e imprevisíveis com a Irlanda.
Como o governo de Portugal não se queixa, não se deve rever nesse mau-trato de «burro mirandês»...