domingo, 10 de novembro de 2013
«Os Justos» de Albert Camus desapareceram?
O centenário do nascimento de Albert Camus aí está a ser celebrado com novas palavras, sempre menos rebeldes das que empregues pelo autor do Estrangeiro, da Queda, do Mito de Sísifo ou do Calígula. Tinha 15 anos quando foi atribuído o Prémio Nobel ao panfletário, ao dramaturgo, ao romancista. Li-o quase todo em Ponta Delgada naquelas edições Miniatura da Livros do Brasil. A Queda foi então o meu preferido. Quando li, já em francês a peça «Les Justes», recebi talvez a maior lição sobre as relações entre as questões éticas e o recurso à violência política contra os déspotas. Vejo sem surpresa que é uma obra ausente do mausoléu onde se enterram os pensamentos vivos