segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quem não é do Real, não é bom português?

Sigo o Barcelona-Real Madrid pela SportTv.Até ao intervalo um excelente jogo.Escusada a insistência dos comentadores em desenvolverem o ponto de vista do Real.Não é preciso tanto.Nem sequer fica bem.

Delete

Para quem como eu frequentou, quando fazia pesquisa histórica, os arquivo oficiais das principais potências ocidentais ainda não li nada de muito extraordinário nos telegramas e relatórios do State Department agora revelados.A diferença reside sobretudo no facto de esse tipo de documentos precisar, nesses países, de um prazo médio de trinta anos para serem tornados públicos.E claro com muitas anotações de Delete para pará grafos, ou documentos inteiros, devidamente assinalados, retirados por questões de segurança.Normalmente eram apreciações de personalidades políticas feitas pelos diplomatas em cada capital com a carga subjectiva subjacente. As malandrices pesadas ficam normalmente a cargo de outras agências...

domingo, 28 de novembro de 2010

Por pouco

O SLB até fez hoje uma boa exibição.Ainda por cima um pequeno detalhe impediu a declaração de Jorge Jesus que eu mais temia no fim do jogo com o Beira-Mar : a de que esta era a segunda vitória consecutiva do Benfica na Liga sem sofrer golos...

sábado, 27 de novembro de 2010

Descubra as diferenças segunda-feira

O jogo entre o Sporting e o Porto foi um tédio.O jovem Villas-Boas não parece fadado para dificuldades. Dois empates, duas expulsões do técnico portista.Um estudioso temperamental?
Estou ansioso pelo Barcelona-Real Madrid.Para ver as diferenças.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Reactivadores da luta de classes

Hoje no Correio da Manhã chamo a atenção para os reactivadores da luta de classes em época de crise.É só ler!
Quanto ao resto a «minha» internet por wireless continua intermitente.

Fim-de-semana

Brain Food

Como era de esperar por Manuel António Pina, no JN
FMI: as causa da crise por JM Correia Pinto, no Politeia
Entre marido e mulher, alguém meta a colher por Andrea Peniche, no Minoria Relativa
Eating the Irish por Paul Krugman, no New York Times

O mercado laboral acrobata


O mercado de trabalho português é muito rígido. As nossas leis laborais precisam de ser flexibilizadas. O melhor é mesmo substituir o “justa causa” por qualquer coisa “inatendível”. Os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Há muito malandro por aí que não quer trabalhar. Os jovens de hoje são uns pirralhos mimados que só saem de casa na altura em que a geração anterior já quase tinha netos. É isso tudo e muito mais. O que se esquecem de dizer são coisas como esta. 
Portugal está entre os três países da UE com maior percentagem de trabalho temporário (com a Polónia e Espanha). Em Portugal, é temporário um em cada cinco trabalhadores de idade entre os 15 e 49, contra um em cada dez na UE. Nos trabalhadores entre 50 e 64 anos, a média europeia é a de que um em cada 20 empregos é temporário. Mas em Espanha e Portugal é cerca de dois em cada 20.
Trata-se do resultado de escolhas políticas desde os anos 80 que desregularam os contratos de trabalho. Já que hoje em dia falar da política feita em nome das pessoas parece ser  crime,  e se  quem tomou e toma estas decisões pouco se importa que o emprego temporário tenha como efeito o aumento do desemprego, o reduzido acesso à formação,  o risco de muitos jovens ficarem apanhados entre empregos temporários e intervalos de desemprego, adiando a sua emancipação e vivendo em permanente estado de insegurança, se são indiferentes aos efeitos destas escolhas sobre as populações, pode ser que sejam sensíveis ao resto: a fraca expectativa de vida leva esses trabalhadores a esforçarem-se menos, levando a um abrandamento significativo na taxa de crescimento do factor produtividade.
Soluções? A verdadeira flexisegurança. (E não a flexinsegurança à portuguesa): flexibilidade com forte protecção no desemprego (inclusive elegibilidade universal sem excepções consoante o tipo de contrato), um tipo de contrato que acabe com a assimetria entre contrato permanente e a prazo, uso de contratos temporários circunscrito a verdadeiras circunstâncias/tarefas temporárias.

O perigo numa T-shirt




Uns ocupantes de uma carrinha foram detidos porque tinham roupa preta na mala. Uns filandeses que vinham manifestar-se contra a NATO ficaram retidos em Espanha e o seu perigosíssimo material (tarjas e T-shirts) foi apreendido. Uma página da net foi proibida por divulgar a Contra-Cimeira. O anarquismo é apresentado como um crime e não como uma opinião. Fala-se de “manifestações não autorizadas”, embora a Constituição autorize todas e mais algumas, desde as espontâneas que ocorreram por Timor às também livres após vitórias eleitorais e futebolísticas. E até as do PND, cuja ideologia certamente desagradaria à NATO.
Paralelamente, correu uma nova onda de propaganda, desta feita sobre os manifestantes violentos. Procurou que não se discutisse a própria Nato embora ela se discuta a si mesma (como se a questão fosse os protestantes e não a organização); colocar todos os que reclamam no mesmo saco e desautorizar a contestação, às portas de uma greve geral.  
Assim se vê como é fácil suspender o direito à manifestação e à livre circulação dos europeus (que sempre foi preterido ao dos bens). Como as liberdades dos tratados da UE só valem se de nada valerem. Quão frágil está o regime democrático. Como é simples instaurar um regime de excepção. Esse sim, sem autorização. E nada contestado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A força tranquila da greve

O que mais me impressionou neste dia de greve geral foi a tranquilidade com que tudo se passou, inclusivé a forte adesão.Há muita gente que não quer perceber o que isso significa em termos de maturidade política do país.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma época perdida

Escrevi aqui em Agosto que este ano seria o último de Jorge Jesus no Benfica. Mas não imaginava que a época terminaria em Novembro.Não estará na hora de Rui Costa dizer alguma coisinha?Por favor só tratem dos reforços para o plantel com o próximo treinador.

Um País de telenovelas

Em primeiro lugar, parabéns à TVI por ter ganho um Emmys com a telenovela Meu Amor que não vi embora tenha tido conhecimento da revolução na produção de telenovelas que aquela estação televisava encetou há uns anos.Depois, desafiar o Francisco José Viegas a apresentar algo do género com que a Irlanda nos possa desafiar graças ao seu remediado PIB per capite. O James Joyce não vale...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Por uma liga dos amigos da Irlanda

Eles foram muitos nos últimos anos.Esmagavam os portuguses com o exemplo da Irlanda, o seu liberalismo económico, os seus impostos convidativos para empresas e finança-uma forma descarada de dumping fiscal na UE- de tal forma que muito capital sediado em Portugal emigrou à aventura para aquele paraíso na terra. Seria bom fazer uma lista de tais peritos opinativos e repetir pedagogicamente as suas lições sobre a Irlanda nos orgãos respectivos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um Papa tradicional-fracturante

Com os cuidados de alguém que não é de obediência católica recebi a ascensão do Cardeal Ratzinger ao papado com mais expectativa da demonstrada pelos fiéis de João Paulo II. Gostei da forma como se apresentou,li alguns dos seus livros, um sobre a história da Europa, outro sobre Jesus Cristo-eu um cultor da Vida de Jesus de Renan- e fiquei à espera que ele surpreendesse o mundo. Acaba de mostrar uma abertura suficiente ao uso do preservativo que só escandaliza quem vive no reino das trevas.Um Papa tradicionalista-fracturante.

sábado, 20 de novembro de 2010

Segue dentro de momentos...

Estou na ressaca Zon.Vieram cá a casa aumentar a velocidade da Internet e fiquei sem ela no meu velho computador pouco compatível com a moderna tecnologia introduzida.Pelo falar do « homem do colete» espero ver figurar o meu exemplar nalgum museu de arqueologia contemporânea que se venha a inaugurar. Só na segunda-feira vem cá a casa um ser misericordioso para ver se vale a pena operar o inválido, ou se devo comprar outro antes que o IVA dê um salto.Assim como uma espécie de dividendos-cidadão...Espero voltar então na segunda.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estes irlandeses...

Tendo em conta que grande parte das dificuldades financeiras irlandesas foi originada pela gestão de bancos privados, há em Dublin quem queira limitar àquelas instituições a intervenção do fundo europeu isentando para já o Estado daquele procedimento.Uma ideia que cá ninguém teria por respeito mundano...

As Cimeiras de Lisboa

Omeu artigo de hoje no Correio da\Manhã versa o tema das cimeiras de Lisboa e o da importãncia da política externa para um pais como Portugal.Sem política externa estaríamos como os rutenos no Império austro-húngaro.Há quem nos queira levar para lá...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A guerra monetária invade a Irlanda ?

Lembram-se da Irlanda votar em referendo contra o tratado «constitucional» e contra o Tratado de Lisboa?Agora resiste sozinha à imposição de recorrer ao mal nascido Fundo Europeu com a cobertura distante do FMI. Mesmo as próximas vítimas pressionam Dublin para aceitar o diktat.Há quem só seja lúcido ao ler a História mais tarde. A Grécia já está a trabalhar no duro para o monetarismo continental.
Ninguém se refere à guerra das moedas e aos seus principais protagonistas. Talvez depois das cimeiras...

O universo de Fernando Aires

O meu amigo João Carlos Tavares, residente na Nova Inglaterra, avisou-me do falecimento de Fernando Aires por e-mail.Depois li um excelente texto de homenagem de Daniel de Sá através do blogue de Nuno Barata. Nele o notável autor de Ilha Grande Fechada escreve uma última página do Diário evocando o estilo e o universo de Fernando Aires. Considero os Diários de Fernando Aires como uma obra prima de emoção e bem escrever.Podemos continuar a lê-lo.Conversar na Livraria Solmar, ou em casa do Vamberto e da Adelaide é que será mais difícil.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Chanceler da Blogosfera

O Pedro Correia teve a simpatia de me convidar para escrever hoje no blogue Delito de Opinião.O «red carpet» lá está impressionante.Se houvesse eleições para chanceler da blogosfera Pedro Correia vencia-as à primeira volta quer pelo sucesso dos blogues que já lançou quer pela cordialidade com que se relaciona com todos.Abraço amigo.

10 séculos em 5 minutos

Nova sondagem.

Está aí, no lado esquerdo. É só votar.

Querido, mudei a casa- 15 andares em 2 dias. Na China, claro.

Pastel de Belém


Os mercados arremessaram EUA e Europa para um crise inédita. Depois, conseguiram que grande parte da sua dívida fosse paga com dinheiro público. Não satisfeitos, continuam a extorquir nações. Perante o esbulho, que diz o Presidente da República? Desaconselha qualquer crítica. Recomenda que fiquemos caladinhos e quietos, deixando os saqueadores levarem o que quiserem. No primeiro mandato, Cavaco candidatou-se como grande economista capaz de resolver a crise do país. Vê-se. No segundo, alegou ir a eleições em nome de Portugal. Nota-se.
Mas se os demais candidatos a Belém são constantemente interpelados, Cavaco é permanentemente poupado. Se Alegre tem de opinar sobre o orçamento ou acerca das suas relações com o PS, a Cavaco é concedida uma moratória sine die, inclusive pelos socialistas, que já desistiram das presidenciais. Cavaco pode tentar enxovalhar a classe política, que não é confrontado com o seu longo passado de primeiro ministro; pode ter um representante nas negociações do Orçamento, que não é interrogado sobre as suas interferências no PSD; podem continuar os escândalos BPN, que não é questionado sobre a sua ligação à má moeda.
 Enfim, o conformismo do Presidente da República é um problema. Mas o conformismo do país perante Cavaco Silva não tem solução.

Publicado no Correio da Manhã

A cigarra medricas


Durante semanas, os especialistas em economês juraram que a viabilização do orçamento sossegaria os mercados. Mas o juro não baixou. Esses reputados zandingas, os que não viram a crise já ela rebentava a porta, seguem a lógica do relógio parado que acerta duas vezes ao dia. Erram quase sempre, mas logo arranjam nova explicação: primeiro era o excesso de salários; depois a inevitabilidade de um mau orçamento; agora, a má execução e até o debate parlamentar. Quais pessoas, qual emprego, qual quê. Acalmar e agradar aos mercados é o alfa e o ómega. Só que essas entidades não são um bebé rabugento que precisa de colo. São especuladores que visam o enriquecimento fácil e atacam o elo mais fraco. Hoje, aumentam os juros, exigindo “consolidação orçamental”. Amanhã, penalizam-nos porque essa consolidação impede o crescimento.
Renegociar a dívida? Difícil, pois implica uma iniciativa dos devedores. Distribuir sacrifícios? Mas manda quem paga, como diz Ferreira Leite. Pressionar o Banco Central Europeu a emprestar aos países da zona euro? Leva muito tempo. Enfim, a mercadologia corresponde ao conteúdo do centrão. Mas também à sua forma de fazer política: apostar sempre em soluções imediatistas com pesados custos a longo prazo. Nunca em planos estratégicos com grandes ganhos no futuro. 

Publicado no Correio da Manhã.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Merkel não acalma os mercados

Angela Merkel quer entregar a estimada República da Irlanda, depois da mal-amada Grécia, nas mãos do híbrido consórcio Fundo de Estabilização daUE-FMI, irritada por haver ainda quem, no mercado global, compre a dívida de países que a chanceler da Alemanha quer reduzir às suas vistas.Insiste assim na penalização das instituições de crédito que lhe não entreguem as vítimas. Merkel não quer acalmar os mercados.

domingo, 14 de novembro de 2010

Grandes jogadores sem valor de mercado

Dois avançados portugueses com mais de 30 anos deram hoje nas vistas: João Tomás e Nuno Gomes.O primeiro, com 35 anos é agora o melhor marcador português no campeonato, Nuno Gomes, com 34, jogou escassos 5 minutos concedidos por capricho pelo treinador e marcou um golo de desforra que entusiamou os adeptos presentes no estádio da Luz saudosos do seu estilo como futebolista e como pessoa. São ainda dois eficazes avançados que estão abandonados à sua sorte porque dificilmente terão um mercado de transferências que dê para os emolumentos gerais.Este ambiente alastrou nos últimos tempos à selecção.No futebol só tem lugar de destaque quem ainda se pode transferir.Quem é mercadoria.

sábado, 13 de novembro de 2010

O governador que se examine

Percebe-se que Carlos Costa ainda não assentou no seu cargo de governador do Banco de Portugal.Não falo de qualquer atitude interna que não sei se há algo a averbar, mas das declarações «fleuve» que prodigaliza quando fala em público: torrencial, preso a uma oralidade mais entoada do que pontuada, perde-se em considerandos de comentador. Um governador do BdP não é um conferencista de serviço.Num cargo como este o que é de ouro é o silêncio.Até se ter alguma coisa a apresentar que melhore as condições monetárias e financeiras do Estado.Deve levar cerca de um ano. Uns devem fazer o trabalho de casa, outros um exame de consciência...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Senhores e servos do mercado

Enquanto a« escola portuguesa dos mercados»olha para estes com o temor reverencial dos antigos servos da gleba, os cinco ministros das finanças dos países da UE presentes no G-20 em Séoul fizeram uma declaração conjunta isentando as instituições de crédito de qualquer penalização por emprestarem dinheiro aos países em dificuldades, corrigindo assim a ideia perversa da chanceler alemã obliterada pela vida interna dos landers.É uma boa notícia que será certamente apreciada entre nós pelos que ainda acreditam na UE.O resto vem no meu artigo no Correio da Manhã.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Palpites

Lula da Silva conhece bem o espírito dos mercados, e dos servos das trevas.Antes de participar na sua última reunião do G-20 como presidente do Brasil-«emergente»-declarou na generalidade que
«Antes todos davam palpites sobre o Brasil.Agora sou eu que os dou!».Deve-se ter fartado de rir durante estes anos, o antigo sindicalista.Ou de chorar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tanta coisa que se pode fazer...

Faz algum sentido que os Estados membros como Portugal não consigam executar os projectos cofinanciados pela Comissão Europeia por razões de contenção orçamental, e depois tenham de devolver os fundos não utilizados a Bruxelas? Não será de agrupar esses projectos, e, fazê-los avançar totalmente apenas com os fundos comunitários disponíveis? Os regulamentos não deixam? Então a Comissão Europeia bem pode apresentar o seu PEC-de Crescimento- aos Estados como Portugal.Em vez de receberem de volta, regulamentarmente e burocraticamente, o cheque dos endividados para o dividir pelos contribuintes líquidos.Nem sempre é preciso uma mudança de paradigma para remediar o que está mal...Caso se aja a tempo, claro...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Estado viaja em terceira classe no Titanic?

Agora foi a vez de grande parte da banca privada portuguesa baixar no ranking de uma das agências de notação. É uma má notícia que não chega a ser uma surpresa.Infantil, e ideológica, é a tentativa que está em curso de atribuir ao Estado a culpa dessa situação.Talvez por falta de supervisão, não?Há quem queira fechar o Estado na terceira classe do Titanic.Mas depois ficam sem tripulação para as manobras de salvamento...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Explorar a derrota

O SLB não soube explorar a vítória no campeonato.Perdeu-se na pré-época.Logo no primeiro jogo a sério na Luz percebeu-se que Jorge Jesus tinha sido o treinador campeão mas não servia para uma estratégia de futuro.Andou cinco jogos a louvar-se nos golos que a equipa não sofria.De repente, em cem minutos, a defesa de betão sofre oito golos.Ontem disse adeua à renovação do título por excesso de crença na «táctica».
Ora essa circunstância leva a que os critérios financeiros para a venda de jogadores já na época de Dezembro retomem a dominância nas prioridades da SAD., explorando assim a derrota desportiva à vista.O pior é que o jogo de ontem deve ter feito baixar a cotação de alguns activos mal aplicados.Só nos resta um último esforço na Liga dos Campeões.E saber sair deste poder pessoal no futebol.Ponto final.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um autocrata ao vivo

O SLB está a perder por 3-0 .De pé, sozinho, Jorge Jesus já deve estar a pensar nas declarações que fará no final da partida.Não o vi uma só vez consultar um dos seus adjuntos, trocar uma impressão com quer quer que seja.Um autocrata, mesmo na derrota.Filho de uma certa mentalidade nacional?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O risco e o lucro

O meu artigo hoje no Correio da Manhã refere-se ao facto de nesta história do envio de «sinais» aos mercados internacionais se estar a esquecer que o problema reside nos prazos certos e montantes fixos com que o Estado procura as praças estrangeiras.Como a oferta de crédito se tornou mais escassa, a antiga lei impôe-se.Mais do que o cálculo do risco é o cálculo de um maior lucro certo que anima o mercado das dívidas soberanas.Só uma moratória geral e novo escalonamento do pagamento dessa dívidas por parte dos Estados acabará com a especulação.Além do saneamento das finanças nacionais, claro!Quando tal for agendado numa dessa instâncias conhecidas, por favor peçam aos especialistas para não dizerem que foram apanhados de surpresa...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cooperação atómica anglo-francesa

Não me parece que o resultado das eleições nos EUA venha alterar significativamente a agenda internacional de Obama para além do que até lhe convenha.Já o acordo de defesa e de cooperação nuclear entre Paris e Londres assinala algo de verdadeiramente novo na política mundial depois das alterações do mapa geopolítico europeu subsequentes ao fim da guerra-fria.Daí talvez o silêncio sobre o assunto...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Viabilização e desacordo

A quadratura do círculo na aprovação da proposta orçamental na generalidade: viabilização e desacordo.

Quem pensa?

Quem ia organizar o jogo do SLB depois da saída de Saviola, e sobretudo de Carlos Martins? David Luis? César Peixoto? Weldon?Ninguém pensou nisso?Pois reside neste pormenor a história dos três golos do Lyon nos 15 minutos finais ontem na Luz.Não me venham com o jogo no Porto...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Memória do presente

A vitória de Dilma Rousseff trouxe-me à lembrança os exilados brasileiros da ditadura militar em Genebra.Havia de tudo, como sempre acontece nessas situações.Mas como esquecer a fraternidade dos convites para as festinhas de carnaval, a cumplicidade da língua nas conversas com mais gente à volta, a revelação de personalidades ricas em humanidade como a Nádia defensora de todos «os soldadinhos» da revolução como ela dizia, ou decididas até ao regresso ao Brasil na clandestinidade como a Deolinda que pagaria com a vida o empenhamento? Ou uma noite em Paris num apartamento em que também pernoitava o Geraldo Vandré que não deixava dormir ninguém com as suas músicas e alguns berros?
Certo, não é preciso ter estado preso, ou exilado, para perceber que, às vezes, a história resolve dar seguimento a si própria muitos anos depois.Mas ajuda.
N.B. Ainda não me sinto suficientemente habilitado a ter uma opinião sobre o mandato presidencial de Dilma Rousseff.

Gosto