quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A parte secreta...

Espero que a parte secreta das «secretas» seja bem melhor do que a parte pública.Porque esta é uma miséria...

domingo, 28 de agosto de 2011

Miguel Cadilhe

Leio sempre com muita atenção Miguel Cadilhe. Desde o tempo dos Reformadores.Desta vez trata-se da sua proposta sobre o lançamento de um imposto extraordinário sobre as grandes fortunas, fora do quadro doIRS.Tem a vantagem de ter princípio, meio e fim.E de não ter ido a reboque dos afortunados filantrópicos.

sábado, 27 de agosto de 2011

O novo imposto sobre os afortunadods

O novo imposto sobre os afortunados vai por à prova a percentagem de ética na vida pública portuguesa.E a capacidade de cobrança das Finanças.Fico a aguardar.Mas nada de confundir grandes fortunas com rendimentos médios do trabalho...Assim não vale!

Um mau jogo de futebol

A final da super taça europeia entre o Barcelona e o FCPorto foi um mau jogo de futebol, cheio de interrupções, e que acabou com duas expulsões de jogadores do Porto.Pois o nacionalismo futebolístico fecha os olhos a essas faltas e tudo cobre com o manto diáfano do resultado normal e dos pénalties habituais.Revejam o jogo sem comentários...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A vez dos ricos

Em 1976 a UDP lançou o slogan Os ricos que paguem a crise. Porém num dos cartazes de rua uma das fotografias era minha enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros numa cerimónia protocolar no Palácio das Necessidades! Percebi então que a análise social não era o forte daquela organização...
De facto durante muito tempo o poder político serviu de biombo ao poder económico.Agora chegou a vez de fazer «os ricos» pagarem de facto um pouco mais. A ideia nasceu de um afortunado e já cativou o sentido pragmático de Sarkosy.Até em Portugal se chama para as imagens uma teoria de homens de negócios que são sempre mais ou menos os mesmos.
Temo que seja mais um episódio para entreter o Zé Povinho.O tema dos políticos está em panne.Quanto mais se retiram proventos aos titulares de cargos políticos mais se fala de corrupção.
Os ricos ficam agora na primeira linha.
Desde já declaro que faço uma distinção entre actividades lucrativas mal taxadas e património pessoal que deve ser tributado pelas regras gerais.E não se enganem mais!

As imagens de Strauss-Kahn em NY

Não direi nada sobre o conteúdo do caso DSK.Não sei se alguém pode.Mas admira-me muito que se veja virtude na forma grosseira como os agentes de Justiça do Estado de NY tratam os suspeitos que não opõem resistência quando os prendem. Mesmo que sejam todos. Mesmo que libertem alguns por falta de provas ou por acusações infundadas.
Espero que o caso Strauss-Kahn sirva para menos aparato e algemas nas detenções de quem não se opõe a elas pela força em NY. O resto é conversa.E uma grande ferida na imagem internacional daquele Estado de que tantos gostam.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Líbia não é só Khadafi

Parece que a «questão Khadafi» estará resolvida na Líbia.Mas em termos internacionais e europeus foi um triste processo que não valida seja o que for para o futuro.Tudo foi mal feito, o mandato da ONU uma comédia na sua aplicação, a NATO, na versão pilar europeu, envergonhada do seu próprio papel, os «rebeldes» uma incógnita.De certa maneira é o nasserismo que está a acabar no mundo árabe.Veremos o que nos trazem os novos poderes.Quando o forem.Mas há muita gente a por as mãos no fogo...

domingo, 21 de agosto de 2011

O prolongamento foi fatal

Foi uma excelente final. O Brasil ganhou bem. Portugal merece a medalha da bravura e inteligência de meios.Mas finalista derrotado sofre que se farta.Boa noite.

Prolongamento

Empatados. Lá vamos para o prolongamento. Confesso que adoro a cena dos pénalties. Ou seja, depois dos 90 minutos só devia haver pénalties. Assim ia a horas mais ou menos cristães para a cama...

Empate ao intervalo

Temo que haja prolongamento. E estes brasileiros não parecem cansados. Como eu a esta hora...Gostei de ver o Rui Caçador na equipa técnica.Anda nisto há muitos anos.

A «selecção coragem»

Esta «selecção coragem» de futebol sub-20 tem algo que me agrada. É uma equipa que joga como tal.Poucas ou nenhumas vedetas, nenhum culto da imagem, e uma gestão por resultados extraordinária. Até o portista Ilídio do Vale tem o meu reconhecimento como o anti-treinador narcísico perfeito.Sabe o que tem entre mãos e não promete nada, excepto jogo colectivo e dignidade individual.
A final joga-se daqui a uma hora em Bogotá.Até o João Gonçalves está de vigília.Nessun Dorma.

sábado, 20 de agosto de 2011

O PR tem razão

Pena que tenha sido no bling facebook. Mas a rápida reacção de Cavaco Silva à proposta de Merkel e Sarkosy sobre a constitucionalizão dos limites do défice orçamental resgata Portugal de uma crescente e oportunista cultura de colonizados, e é coerente com a realidade económica e financeira.Além de ser corajosa e digna.Não se pode quere rever a constituição por ela ser demasiado programática e depois deformá-la com manifestos de rendição.Já estamos obrigados aos 3% do défice e aos 60% da dívida pelo TUM e pelo Pacto de Estabilidade.O convite à redundância é o maior sinal de impotência da actual liderança europeia

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A agave só floresce uma vez

O meu Amigo Eurico Figueiredo é um homem do Douro e das arábias. Depois de ser líder estudantil, e dos que fez tremer a ditadura, depois de ter inovado na prática psiquiátrica na Suíça, depois de ter denunciado no Alentejo as derivas do PREC e de ter sido um deputado com iniciativa e influência até 1999-tanta que não foi reconduzido no cargo!-, criou uma marca de vinho numa quinta perto de Foz Côa- o Solar do Prado-, e não contente com tudo isso lançou-se na escrita de ficção.Primeiro foi o Guerrilheiro Sentimental, agora inicia um ciclo duriense com A Agave Só Floresce Uma Vez.
A agave, fiquei a saber pelo livro, é uma espécie de pita algarvia.Só floresce uma vez e depois morre. Aqui não há novas oportunidades.

Jorge Silva Melo no nosso bairro

Um dos rituais dos dias de eleições consiste em encontrarmos o foragido do bairro Jorge Silva Melo na Rua da Escola Politécnica.Ele já descreveu a cena melhor do que eu o faria numa das suas magníficas, e perdidas, crónicas do jornal Público. Pois agora, numa subversora entrevista a esse mesmo jornal, JSM anuncia que vem ocupar, com a sua companhia Artistas Unidos, o espaço do Teatro da Politécnica: «Os poderes políticos acharam que era um teatrinho para o Jorge Silva Melo. Agora haverá um teatrinho estilo sepulcro para o Jorge Silva Melo.»
Toda a entrevista é um desassossego pessoal, e um desespero comunitário. De um ponto de vista egoísta fico regalado com esta nova vizinhança do irredento intelectual.Ele fará do «teatrinho» um lugar de cultura viva.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

As touradas na RTP1 estão a acabar?

A comissão que vai iluminar o governo sobre o que seja o «serviço público de televisão» tem gente para todos os gostos.Por mim preferiria uma presidida por Manuel Maria Carrilho- que tem o melhor artigo na imprensa sobre o assunto- que começasse pelo óbvio e poupasse nos prazos.Para ver se temos menos touradas na pantalha.

Daniel Bessa e a TSU

Deixo as páginas de Economia para os domingos e feriados. Por muito efémeros que sejam os saberes económicos presumo que resistam aos dias úteis.Neste fim de semana prolongado gostei especialmente do artigo de Daniel Bessa no suplemento do Expresso sobre a sua mudança de posição no grau de desvalorização fiscal da TSU. Bem sei que o estudo encomendado pelo governo explica muito claramente os prós e contras da medida, e esse também foi um bom serviço à transparência e à racionalidade .Mas é sempre admirável assistir a um ponderado exercício de seriedade intelectual como foi a explicação de Daniel Bessa sobre a sua nova posição no caso da redução da taxa social global em Portugal.Além da ironia do último parágrafo do artigo...

sábado, 13 de agosto de 2011

Equilíbrio instável

O artigo de hoje no CM chama a atenção para os efeitos perversos do neo-liberalismo anglo-saxão a prazo. O desmantelamento da força sindical britânica deu origem à anarquia actual em que a violência gratuita nem reivindicações apresenta.O unilateralismo de Washington levou os EUA para uma guerra de usura lhe faz perder o controlo da globalização, como se nota pela dimensão e notação da dívida.O que a Standard&Poor`s revelou foi a completa privatização da globalização financeira. E abriu caminho para a falência das instituições internacionais de regulação económica mundial.Más notícias portanto.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A TSU e a força da ideologia em Catroga e Álvaro

O recente estudo encomendado pelo governo veio demonstar como eram ideológicas as percentagens da baixa da TSU defendidas pelos eminentes economistas Eduardo Datroga e Álvaro Santos Pereira.O perigo continua já que o segundo é ministro...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Agosto perigoso

As bolsas por um lado, as ruas de Londres por outro, o mundo de vez em quando fica perigoso. Bases instáveis.

domingo, 7 de agosto de 2011

PS crítico

São José Almeida apresenta hoje no Público um elaborado trabalho sobre a crise da social-democracia como ela é entendida na Europa que a criou originalmente. Deu especial enfoque a personalidades, bem diferentes entre si, que não se eximiram a criticar o modo de governar do PS em Portugal nos últimos anos, e que perspectivam um novo papel para a esquerda em termos portugueses e internacionais.Sou suspeito porque sou lá citado. Mas vale muito a pena ler.

sábado, 6 de agosto de 2011

Governo de Verão

O meu artigo de hoje no Correio da Manhã não é um artigo estival, embora trate das características deste Governo de Verão, que tem aprofundado os maus costumes do regime, ou seja exrece o pior serviço que podia prestar ao dito.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Estado servidor

O Estado, com o aumento leonino das tarifas dos transportes públicos, facilita a vida à privatização do sector. Ou o Estado como fiel servidor de interesses privados em potência.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O escândalo do BPN

O escândalo do BPN ainda não saiu à rua. Não há responsabilidades apuradas da gestão fraudulenta dois anos depois da falência amparada. Pelos vistos os dois mil e quinhentos milhões de euros ainda não é o último balanço do descomunal esforço que o tesouro português foi obrigado a fazer para evitar não se sabe o quê. A nacionalização do BPN foi uma das medidas mais polémicas e inexplicadas do regime democrático. Curioso que o agente da compra do banco em questão ,a preço irrisório e rodeado de garantias estatais, seja o mesmo que saldou os activos da República Portuguesa na barragem de Cahora Bassa, uma aventura maior -esta iniciada no «regime anterior»- que saiu muito cara a Portugal em termos de dívida externa durante dezenas de anos.

Gosto