Pagar para nada, podia ser o resultado das negociações para a associação com a Ucrânia, conduzidas do lado da UE pela Comissão Europeia. Desde 1991 que Bruxelas paga para seduzir Kiev a separar-se da união aduaneira com a Rússia. Sobretudo desde 2010 o esforço financeiro da Comissão, do BEI, do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento, foi enorme, ao mesmo tempo que o FMI desembolsava sem barulho e sem muitas condições somas cada vez maiores que agora quer reaver.A Rússia aparece aqui como a vencedora pública desse torneio de guerra económica quente, mas que nos dá o pulso ao estado de falta de rumo da UE, e do verdadeiro tamanho dos seus dirigentes tão implacáveis com países como a Grécia e Chipre, e imprevisíveis com a Irlanda.
Como o governo de Portugal não se queixa, não se deve rever nesse mau-trato de «burro mirandês»...
sábado, 30 de novembro de 2013
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Um degrau a mais
Hoje viu-se bem o efeito do degrau a mais que a manifestação dos polícias deu na escadaria da AR. No dispositivo de segurança(?) à volta da saída das viaturas dos CTT houve um grande decréscimo de disciplina e contenção, como se todos tivessem perdido o treino, e o tino, que apesar de tudo deve ter dado muito trabalho a erguer numas forças policiais de um Estado de Direito.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Os mercados assimilam tudo, até «idiossincracias»
Não dá para fazer de conta que a Itália não entrará em crise política em breve. A cisão interna do Partido da Liberdade, com uma parte a fazer de muleta do governo Letta, e a destituição de Berlusconi de senador indicam que vem aí borrasca, mais do que à italiana. Deve ser a isso que o governador do BCE, Mário Draghi, chama de «acontecimentos idiossincráticos» ao escrever num relatório que a crise que se anunciou em Portugal em Abril foi percepcionada pelos mercados nessa perspectiva super-identitária e super-subjectiva das sociedades que usam agora o Euro. Pois possivelmente vamos ter duas crises políticas no flanco sul da Europa, porque a portuguesa foi adiada na pior altura para o futuro do «regresso aos mercados, e a italiana vem a caminho...
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Transformar lupen e proletariado em pobres
Ontem foi o «Dia da Honestidade» para Durão Barroso:
«Vamos ser honestos: hoje a situação é pior», disse referindo-se aos mais de 6,7 milhões de de pessoas em risco de pobreza, gerados na UE desde 2010. Qual será a penitência para o José Manuel, desde que adoptou a linguagem evangélica para disfarçar a sua «opção» ideológica que o levou ao êxito pessoal e à ineficiência como governante de Portugal, e como presidente da Comissão Europeia? A leitura de um salmo, uma passagem célebre do Novo Testamento sobre o fenómeno»? Ou uma viragem decidida na UE sobre política de emprego, jovem ou menos jovem?
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Homenagem ao General Ramalho Eanes
Hoje na FIL-Junqueira, ao fim-da-tarde, haverá uma homenagem mais do que merecida ao General Ramalho Eanes. Desde Setembro que fui posto ao corrente dela, ainda numa versão singela, e certamente mais próxima do espírito do primeiro PR eleito por esta Constituição. Haveria várias datas possíveis para uma homenagem nacional a Ramalho Eanes: a do dia do seu aniversário, a da data da sua eleição em Junho de 1976, a de 10 de Junho, entre outras. Alguém fez finca-pé no 25 de Novembro, olhando mais para o passado do que para os problemas do presente. Foi pena, mas não deu para diminuir o papel do personagem que engloba e ultrapassa a importância da data de hoje. Lá estarei entre outros, pois sei muito bem o que o general Ramalho Eanes representa.
sábado, 23 de novembro de 2013
Algo que me diz respeito
Haverá muitos temas relevantes, ou momentosos, que se passaram nestas últimas horas, e dos quais não vou falar.Tendo em conta o barro humano que em todos sopra vou referir-me à homenagem com que ontem à noite fui presenteado pela direcção da Casa dos Açores em Lisboa durante um jantar em que cada um pagou o seu. Não podia ter querido melhor ambiente: casa cheia e a presença de dezenas de amigos e velhos conhecidos, alguns dos quais vieram propositadamente dos Açores, como Carlos César e Roberto Amaral. Também tive a distinção amiga e política da presença do meu líder de geração, Jorge Sampaio com quem me voltei a entender espontâneamente. Muitos amigos de cá como a Embaixadora Margarida Figueiredo, o Embaixador e colega de blogue- aliás muito bem feito- Francisco Seixas da Costa.Também esteve presente a minha família, várias caras e sorrisos que de uma forma ou de outra me aqueceram a vida. Não resisti e lancei-me em mais um daqueles longos discursos como no jantar de há dois anos que celebrou o meu 70º aniversário. É tão bom termos quem nos aprecia mesmo quando passamos à vida privada
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Livre-Trânsito
Ontem «apanhei» a manifestação das polícias confederadas no Largo de Camões. Desde o início que foi uma grande manifestação. O trânsito foi oportunamente desviado com critério, o que não impediu a terceira-idade de subir a pé o espinhaço da colina da colina que liga o Chiado ao Príncipe Real, dada a ausência de transportes públicos. Depois de ter ido ao lançamento do excelente livro com as reproduções dos «Quartos imaginários» de Nikias Skapinakis, ao qual cheguei atrasado pelos motivos conhecidos, regressei a casa numa Lisboa que ainda se amontoava de carros em fila. Vi pela televisão a cena da transposição, sem resistência e sem violência, das barreiras de segurança da AR. Houve a vontade dos manifestantes transgredirem durante uns minutos. Mas tudo se passou num clima de livre-trânsito corporativo.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Um play-off enganador
Agora que chegámos à fase final do Brasil, e já exultámos o suficiente com os golos de Ronaldo- e mais discretamente com os passes de Moutinho- convinha que os nossos especialistas da «leitura de jogo» analisassem os três erros cometidos pelas dispersas e adiantadas «linhas da Suécia» que permitiram as três cavalgadas do atleta solitário em metade do campo. Não estou a ver a repetição de tantas facilidades nos tempos mais próximos.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Cimeira de futebol no Brasil
Já temos entretenimento para Junho: Portugal encontrou à segunda tentativa o caminho para a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol no Brasil. Muito Cristiano Ronaldo à solta, muito Moutinho a exemplificar o lado inteligente do jogo, um guarda-redes trapalhão que ainda assim defende o indefensável, mais um cheiro a trabalho e a balneário à Paulo Bento, e cá vamos nós.
Não vamos sozinhos. Nada de solipsismos...
Não vamos sozinhos. Nada de solipsismos...
terça-feira, 19 de novembro de 2013
O governo da República da Irlanda topa bem os seus parceiros do Euro-grupo
Michael Noonan, ministro das Finanças do governo irlandês, declarou ontem que receava que o processo negocial do eurogrupo para um programa cautelar para Dublin «acabasse por prejudicar a reputação do país.(...)Tinha medo de poder acabar em Bruxelas, às três da manhã, lá para Dezembro, com um caso de sucesso transformado numa espécie de crise irlandesa.» Perceberam melhor a objectividade desses defensores da zona euro, e as suas opiniões ad-hoc? Gostam do processo? Confiam nesta gente? Gostam de os tratar por tu?
domingo, 17 de novembro de 2013
O meu sobrinho Rui
O meu sobrinho Rui andou nos anos de brasa do PREC. Podia à vontade ter demonstrado os seus atributos de radicalismo político que estaria muito bem acompanhado por diversos bandos da destruição criadora. Mas não. Aderiu desde logo à Juventude Socialista onde chegou a ser um dos seus primeiros dirigentes. Engenheiro Eléctrico pelo IST frequentou uma pós graduação em Inglaterra onde o visitei em 1981. Pelas conversas percebi que estava muito insatisfeito com as suas diferentes experiências e que pensava em expatriar-se. Foi para S. Paulo, montou uma empresa de electrónica e reconstituiu a sua família. Trinta anos depois uma das filhas é médica, a outra veterinária, e passam de vez em quando por cá. É sempre uma festa, uma comunhão de alegria, temperada mais para o fim do encontro com uma preocupação a que ninguém sabe responder:« Mas, afinal, onde falhámos em Portugal?»
sábado, 16 de novembro de 2013
Mais um para a galeria
Decididamente Cavaco Silva não daria um bom seleccionador de «empreendedores» portugueses. Agora surge o seu director de campanha presidencial de 2006, Alexandre Relvas , com problemas empresariais cifrados em dívidas à Caixa Geral de Depósitos. Nós sabemos que todos podem dever dinheiro à banca menos o Estado....
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Cada vez mais sózinhos
O governo não estava minimamente ao corrente do que a República da Irlanda tencionava fazer se os seus juros no mercado secundário se ficassem no ponto de referência dos 3,5%. Sempre fomos melhores na política de segredo, e de contra-informação, do que em boas recolha de fontes, ou simplesmente no exercício da dedução, muito mais barata para os cofres do Estado. Pois bem sairá a Irlanda da rede de «resgate», e sairá a Espanha do trapézio onde fez exercícios de aquecimento sem nunca ter feito um verdadeiro número. A partir de Dezembro Portugal estará mais só, sem ter muitas ideias de como sair do «resgate». Mais só e talvez mais próximo da Grécia...
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Professores de Empreendedorismo
O ministro Pires de Lima não se revê como um auto didacta em matéria de «empreendedorismo»,e propôs que a escola nos dê um homem novo em inovação empresarial. O ministro Crato não gosta desses amadorismo e já manifestou reticências. Porém professores para essa ocupação de tempos livres não faltariam,e isentos de concurso de admissão: João Rendeiro, Oliveira e Costa, Dias Loureiro, entre outros. Gente especializada em muitos negócios e produção de pouca riqueza.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Menos portugueses
Por um lado o fenómeno da expatriação, este novo ciclo de emigração que assina o desencanto e a falta de perspectivas oferecidas pelo modelo da prisão vivencial por dívida pública ; por outro lado, uma sociedade que só gerará oitenta mil bébés este ano, pela falta de esperança e vontade de mobilidade dos casais. Como dizia ontem a senhora Merkel, em plena reunião sobre o emprego jovem realizada em Paris!,« o Estado não gere empregos, só as empresas». Tem sido pouquinho.E para Portugal, um suicídio em directo.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Calai-vos uns aos outros
O ministro Paulo Portas, num assomo de ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, mandou calar o seu sucessor quanto às fases incógnitas que hão-de conduzir o país «aos mercados». Segundo o homem da linha vermelha «Portugal tem data marcada para sair do Programa de Assistência, não taxa de juro.» Porém, um porta-voz qualquer da Comissão Europeia mandou dizer que ainda é cedo para fórmulas à Portas, pois «continua muito trabalho para fazer em Portugal». E no BCE, e no ECOFIN, e no Euro-grupo, acrescento eu. Ou não?
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Rui Machete não pode abrir a boca?
Para que convidaram Rui Machete para MNE? O homem não pode abrir a boca. A taxa de juro de 4,5 apontada por ele na India é especulativa? Claro que é. Mas quando o BCE reduz a sua taxa de referência para 0,2% tudo que o Tesouro Português pagar a mais de uns 2% não é agiotagem permitida pela complacência do poder político da zona euro?
Sem água da EPAL, tão perto do aqueduto
Ontem foi todo o dia sem água fornecida pela EPAL. A retoma do fio estava anunciada para as 18h, mas só demos por ela barrenta cá em casa perto da meia-noite. Hoje, logo às 7h já não havia pingo nas torneiras. Desde 5ª feira que são estas fantásticas «rupturas na via pública», jamais anunciadas aos utentes com antecedência. Os serviços prometem agora restabelecer o contracto às 13h. Vou ver o que se passa na rua Cecílio de Sousa. Deve ser uma obra de engenharia hidráulica tipo construção do canal do Panamá...
domingo, 10 de novembro de 2013
Água da companhia às pinguinhas
Esta semana, sem qualquer aviso prévio, a Epal interrompeu por longos períodos nocturnos o abastecimento em certas zonas do Príncipe Real, na quinta e na sexta. Hoje domingo, em versão diurna, voltou a interromper o seu serviço na mesma zona, alegadamente «por roturas na via pública». Água às pinguinhas como nos velhos tempos do lavadouro!
«Os Justos» de Albert Camus desapareceram?
O centenário do nascimento de Albert Camus aí está a ser celebrado com novas palavras, sempre menos rebeldes das que empregues pelo autor do Estrangeiro, da Queda, do Mito de Sísifo ou do Calígula. Tinha 15 anos quando foi atribuído o Prémio Nobel ao panfletário, ao dramaturgo, ao romancista. Li-o quase todo em Ponta Delgada naquelas edições Miniatura da Livros do Brasil. A Queda foi então o meu preferido. Quando li, já em francês a peça «Les Justes», recebi talvez a maior lição sobre as relações entre as questões éticas e o recurso à violência política contra os déspotas. Vejo sem surpresa que é uma obra ausente do mausoléu onde se enterram os pensamentos vivos
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
O jurisconsulto e a política de lesa-pátria
Luís Marques Guedes deve ser um bom jurisconsulto. Anda no processo legislativo há muitos anos e como lhe sobra prudência e perfil baixo foi nomeado governante para limitar os desastres de redacção das leis emanadas do Conselho de Ministros. Quase tudo a favor dele. Hoje borra a pintura de uma forma que só se explica pela fúria do PSD-Passos Coelho em colonizar todos os agentes decisivos do processo político em Portugal.Depois de Cavaco e de Durão falta-lhes em carteira o PS. Daí o deslize tão autoritário num homem de boas famílias republicanas ao declarar hoje no semanário Sol, que« O actual rumo da direcção do PS é uma política de lesa-pátria».Mas porquê? Estes governantes, fora o mimetismo norte-americano da bandeirinha na lapela, cuja regulamentação oficial de uso não existe, já deram alguma prova de quererem formar um governo de ampla representação patriótica sem lesões?
Passos Coelho partidariza Durão Barroso
Passos Coelho conseguiu partidarizar Durão Barroso , presidente da Comissão Europeia, na defesa sem emendas da proposta governamental do OE para 2014, como já havia anexado Cavaco Silva na crise gerada pelas demissões de Vítor Gaspar, e na borrada de Paulo Portas no seguimento desta. Mas o certo é que foi a Bruxelas assinar um comunicado conjunto para efeitos de poder interno. Calculo que Durão Barroso, em operações de regresso a Portugal, venha a pagar caro em termos de presidenciais esta forma de conseguir apoios para uma eventual candidatura. Pois fica provado que só militantes do PSD nesses cargos não deixam respirar em liberdade a sociedade portuguesa.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
A apresentação do livro por Pedro Lains
Ontem , na Almedina-Saldanha, foi um dia de festa para mim . Rodeado de muita gente amiga tive direito a uma apresentação empática-não isenta de distância crítica!- do livro «Não há Mapa-Cor-de-Rosa» por Pedro Lains, um dos poucos economistas portugueses com a profundidade histórica necessária para enquadrar os dias de hoje numa perspectiva do devir nacional e internacional. O livro está agora no mercado. De certa maneira as interpretações que se possam tecer sobre ele já não me pertencem.Mas posso vir a contrariar algumas delas...
É muito agradável publicar livros depois dos setenta anos...
É muito agradável publicar livros depois dos setenta anos...
terça-feira, 5 de novembro de 2013
A OIT é indispensável à globalização
Há anos que defendo um papel mais activo da OIT na governança da mundialização, e volto a ela no meu próximo livro «Não há Mapa-Cor-de-Rosa» a ser lançado esta semana pelas Edições 70.
A globalização neo-com assente no desregramento financeiro, na competitividade de salários asiáticos sem protecção de direitos sociais só foi possível pela quebra de influência da OIT no sistema das Nações Unidas, com o reforço paralelo do FMI, e com
a emergência forçada da Organização Mundial do Comércio (OMC), muito saudosa dos tempos da competitividade do trabalho forçado como factor dos preços baixos no mercado mundial e da domesticação da inflação. Deste modo as conquistas sociais europeias são mantidas na defensiva tanto mais que desapareceu o «o império do mal».
Pois bem, parece que a OIT quer começar por Portugal um novo ciclo na sua vida internacional. É bem vinda.Mas para já nenhum estudo da OIT consta das Fontes utilizadas no guião de Paulo Portas!
A globalização neo-com assente no desregramento financeiro, na competitividade de salários asiáticos sem protecção de direitos sociais só foi possível pela quebra de influência da OIT no sistema das Nações Unidas, com o reforço paralelo do FMI, e com
a emergência forçada da Organização Mundial do Comércio (OMC), muito saudosa dos tempos da competitividade do trabalho forçado como factor dos preços baixos no mercado mundial e da domesticação da inflação. Deste modo as conquistas sociais europeias são mantidas na defensiva tanto mais que desapareceu o «o império do mal».
Pois bem, parece que a OIT quer começar por Portugal um novo ciclo na sua vida internacional. É bem vinda.Mas para já nenhum estudo da OIT consta das Fontes utilizadas no guião de Paulo Portas!
domingo, 3 de novembro de 2013
Zona de intervenção da Reforma Agrária e Bolsa de Terras
Leio, meio divertido, a notícia no Expresso-Economia, sobre o fiasco absoluto de uma ideia aparentemente sedutora promovida pela inefável ministra Assunção Cristas. Tratava-se de colocar numa base de dados prédios agrícolas não cultivados, fossem públicos fossem de particulares. Em perspectiva só está agora a criação do «Comissário da Bolsa de Terras», um job certamente a tempo inteiro! Mas o mais engraçado, num país «que não pode ter terras abandonadas», é que com todas as diferenças de filosofia e de dimensão, os únicos casos apresentados se situam na antiga «Zona de Intervenção da Reforma Agrária»...
Emparcelamento, reforma agrária, cooperativas de produção. Bolsa de Terras pode ter mais apeal, mas só serve para ilustrar que há problemas de aproveitamento agrícola que estão para ser resolvidos desde as lutas liberais...
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
O guião e a procissão
O governo apresentou «uma proposta» de «guião da reforma do Estado», aprovada em Conselho de Ministros, em cima da discussão e votação do diploma orçamental que corre neste momento na AR. Não se percebe de que tipo de iniciativa política-legislativa se trata. Não é uma resolução, não desce à AR, não tem natureza legislativa. É um longo artigo de opinião cujo fim é o objectivo milenar de «modernizar o Estado». Uma coisa é certa ninguém volta a assediar Paulo Portas com a «reforma do Estado». É o único português que exibe uma bula nesse domínio. Escrita em latim do Baixo-Império...
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