terça-feira, 24 de julho de 2012

Pedro Ramos de Almeida

Quando cheguei à Universidade de Lisboa Pedro Ramos de Almeida, militante do PCP, era um mito da luta anti-fascista. Preso em 1954 fora libertado em 1960 e trabalhara para a eleição da lista de Jorge Sampaio para a Associação de Direito. Todos me falavam dele, do seu comportamento digno na PIDE, do brilhantismo dos exames que fizera mesmo preso, da sua inteligência, e até do seu pendor sectário. Seria o mais parecido da nova geração com Álvaro Cunhal, e muitos previam que lhe sucederia.
Só o conheci melhor anos mais tarde. Fugazmente na Suíça, com mais tempo depois do 25 de Abril, e do seu desastre de viação, na pastelaria Alsaciana onde coincidíamos a tomar café. Falámos então longamente do rumo da sociedade portuguesa. Não era fácil concordar com ele mas era sempre enriquecedor e estimulante ouvi-lo.Citei os seus trabalhos sobre o colonialismo português a que se dedicou depois de abrandar a longa actividade política.

Gosto