sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Um porto na Calábria
Desde as minhas primeiras declarações sobre o pedido dos EUA de uma eventual utilização do porto oceânico da Praia da Vitória na ilha Terceira para uma operação de transbordo das armas químicas sírias feitas à TSF em cima da hora do dia 14 , com base num «take» da Lusa a abrir o noticiário das 19h, até entrevista dada ontem no Jornal de Notícias, que defendi que a diplomacia portuguesa devia mostrar abertura para essa operação resultante de uma Resolução do Conselho de Segurança, mas, ao mesmo tempo devia entrar em contacto com o governo italiano para saber se Roma recebera convite idêntico e se manifestara reticências, e nesse caso quais as principais, ao mesmo tempo que indagaria da atitude italiana sobre uma eventual disponibilidade portuguesa para o efeito. Os noticiários internacionais mantiveram sempre em aberto a hipótese de um porto italiano, e efectivamente assim aconteceu. A escolha recaíu num porto da Calábria-La Gioa!- mas isso não afecta em nada o potencial estratégico da Região Autónoma dos Açores, demasiado excentrica para cada milha náutica a mais que teria de ser dada pelos 3 navios envolvidos nesta complexa operação. Um dia se saberá o porquê rápido do noticiário nacional sobre uma matéria de natureza delicada e diplomática.