quarta-feira, 18 de junho de 2014

AMOR ELEITORAL

Para fechar a última avaliação da troika, o governo teria que apresentar as medidas alternativas ao chumbos do Tribunal Constitucional (TC). E isso significaria que, afinal, não é assim tão difícil encontrar um Plano B, ou seja, o abrandamento da pressão sobre o palácio Ratton e a perda de um bode expiatório para os fracassos do executivo. Segundo, como só sabe governar cortando salários e aumentando impostos, adiar essas decisões significa que há medo de perder ainda mais votos, ou seja representa uma linha eleitoralista.

E é por isto que se tem assistido à absoluta incoerência do governo. Inicialmente queria “ir além da troika”. Depois, nas vésperas das europeias, queria “libertar-se”. Mais tarde, responsabilizou o TC por uma eventual não conclusão da intervenção externa. E, agora, dispensa o último cheque. Só que estas mudanças não representam nenhum desnorte. Mostram apenas que Passos Coelho coloca-se perante a troika conforme lhe convém eleitoralmente. Tipo: “Viva as eleições. Os portugueses que se lixem.”

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