Para fechar a última avaliação da troika, o governo teria que
apresentar as medidas alternativas ao chumbos do Tribunal Constitucional (TC).
E isso significaria que, afinal, não é assim tão difícil encontrar um Plano B,
ou seja, o abrandamento da pressão sobre o palácio Ratton e a perda de um bode
expiatório para os fracassos do executivo. Segundo, como só sabe governar
cortando salários e aumentando impostos, adiar essas decisões significa que há
medo de perder ainda mais votos, ou seja representa uma linha eleitoralista.
E é por isto que se tem assistido à absoluta incoerência do
governo. Inicialmente queria “ir além da troika”. Depois, nas vésperas das
europeias, queria “libertar-se”. Mais tarde, responsabilizou o TC por uma
eventual não conclusão da intervenção externa. E, agora, dispensa o último
cheque. Só que estas mudanças não representam nenhum desnorte. Mostram apenas
que Passos Coelho coloca-se perante a troika conforme lhe convém eleitoralmente.
Tipo: “Viva as eleições. Os portugueses que se lixem.”