Se a UE não fosse uma anti-democracia, se o Presidente
e membros da Comissão Europeia fossem eleitos pelo parlamento e escolhidos
entre os seus deputados, além dos benefícios evidentes para a construção da
Europa, não assistiríamos a este braço de ferro de Cameron/Merkel a propósitode Juncker. Veremos se o que o Reino Unido quer não é mais do que conquistar espaço
negocial- diz sim ao luxemburguês em troca de quê? Mas seja o que for que
aconteça, negociações de baixo da mesa ou o parlamento a aceitar apenas um
presidente que tenha sido candidato ao cargo, o desfecho será sempre um
indicador da possibilidade real da UE
transformar-se numa democracia. Ou não.